Era inevitável. Tinha de fazer a caminhada pela falésia, como faço há anos, muitos anos.
Sempre me deu um prazer especial fazer aquele caminho, ao final da tarde, quase sempre ventosa.
Perder-me na imensidão daquele mar tão azul, olhar o abismo, subir, descer, subir, descer, subir e finalmente chegar àquele ponto onde tudo acaba e vem uma enorme vontade de voar, voo picado de 80 metros, planar sobre a praia, subir e continuar, por cima de promontórios e enseadas, até Sagres e mais além...
A vastidão natural do local, o silêncio apenas quebrado por uma ou outra gaivota...
Um daqueles locais que me fazem sentir que enquanto os puder desfrutar, tudo está bem e nada mais importa. Pura felicidade.
I'M QUEEN OF THE WORLD!
Mas nada dura para sempre.
A cada ano que passa aquela sensação vai diminuindo. Não porque vá aumentando a dificuldade da caminhada e o tempo que decorre até chegar ao destino. Não, isso até me faria sentir melhor.
O pior de tudo é que ano a ano o caminho vai-se alterando, as casas surgem num horizonte cada vez mais próximo, marcos, sebes e arame farpado delimitam lotes onde no ano seguinte estarão mais casas, limites para a liberdade de passagem e para aquela deliciosa sensação de infinito.
I'm queen of the world, but not for long...
terça-feira, 5 de julho de 2011
domingo, 3 de julho de 2011
Já vamos a meio
Meio das férias.
Para comemorar o S. Pedro resolveu dar um dia à maneira. Nuvens negras, nortada e descida marcada da temperatura. Os poucos que se aventuraram à praia foram (quase) de sobretudo.
Um daqueles dias que noutras circunstâncias seria bom para romance.
Assim é só uma enorme chatice.
Para comemorar o S. Pedro resolveu dar um dia à maneira. Nuvens negras, nortada e descida marcada da temperatura. Os poucos que se aventuraram à praia foram (quase) de sobretudo.
Um daqueles dias que noutras circunstâncias seria bom para romance.
Assim é só uma enorme chatice.
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