quarta-feira, 22 de junho de 2011

Noite mal dormida por causa dos SMS.

Arranjar-me e ao sair de casa cair na real. Estava sem carro. Não, não tinha sido roubado. Estava na oficina a ser preparado para a IPO. Aliás, já lá estava desde 2ªf à noite. Ontem o dia foi de táxi e transportes públicos.

Mas esta manhã a memória falhou totalmente e só quando andava à procura das chaves me lembrei do carro.

Agora percebo que já era premonitório. Lei de Murphy a entrar em acção.

Hora de almoço: telefonema da oficina. Não me digam que aqueles tipos não me dão o carro hoje. Preparar-me para discussão. Vou de férias, aproveitando a sorte de feriados em dois dias consecutivos. PRECISO DO CARRO.

E pronto, lei de Murphy: AQUELAS BESTAS DA OFICINA PERDERAM-ME OS DOCUMENTOS DO CARRO.

Nem queria acreditar. Nada de documentos, nada de IPO e nada de carro a tempo para as férias, claro.

Precisei de toda a minha pouca calma para não insultar ninguém.

Propunham-se ceder-me um carro totalmente novo. No folheto leva tudo. Bicicletas, pranchas de surf, skis, o que se quiser. No tejadilho, claro. Ou nos bancos de trás rebatidos. Pois, pois. Mas levar para 2 semanas de férias 4 adultos, o cão e o gato ... Alguém tinha de ir arejar para o tejadilho...

Concluindo: vou para férias com um carro de serviço topo de gama de 180 cavalos.

 'tadinhos, vão-se ver gregos para tirar a areia e os pelos do carro, ah pois vão.

terça-feira, 21 de junho de 2011

SWOT

Juro que já tentei fazer a minha análise SWOT para a bomba que me caiu em cima com o sms que recebi esta manhã e para os que se foram seguindo durante a tarde.

Mas a história dos 3 minutos na casa de banho a olhar para 4 azulejos como nos sugeriu o HM no curso de gestão não chega. É que não chega mesmo!

Vou levar as férias todas a preencher quadros. Não precisava disto agora. Não precisava disto agora. NÃO PRECISAVA DISTO AGORA!!!

domingo, 19 de junho de 2011

Quatro amigas, cinquentinhas e cinquentonas.
Laços de amizade antigos que o tempo e a distância não desfazem.
Uma casada, uma viúva, uma solteira e uma divorciada.

Um jantar à Sex and the City. Pós-menopausico.

quinta-feira, 16 de junho de 2011

Iznogoud

Parece que aquele boato do "Plebeu" ir para ministro da saúde não passou disso mesmo.

Nem o homem queria. A única coisa que lhe interessa é chegar a Califa...

quarta-feira, 15 de junho de 2011

Estou cá com uma vontade...

Fim de semana com um curso acelerado (tipo tudo o que você sempre quis saber sobre gestão e nunca teve coragem de perguntar) na Católica. Para já irmos com umas luzinhas enviaram uns textos para estudarmos previamente.

Estou aqui às voltas com os complex adaptative systems. Até aqui consigo perceber. Afinal, sistemas adaptativos mais complexos do que os que eu aturo todos os dias deve ser difícil!

Avancemos para o resto. Servuction? Que raio será isto?

segunda-feira, 13 de junho de 2011

Os meus pobres pés ainda não recuperaram do desvario de sábado.
Ir para um casamento com saltos de 10 cm não parece boa ideia. Resolver atacar a pista de dança durante  4 horas, parece ainda pior. Fazer isto tudo sem estar habituada a saltos de 10 cm é uma catástrofe. Mas na altura pareceu-me muito bem.


 
A figurinha mais alta, logo a ilusão de mais magra, o vestidinho de cores fortes mas muito vaporoso, os elogios para animarem o ego e fazerem esquecer a cena do “olhar triste”. Correu bem.
Ontem foi Skechers Shape-ups todo o dia e hoje sabrinas. A ver se os pezinhos perdoam.

sexta-feira, 10 de junho de 2011

As palavras do meu pai

"Deste sentir-me insatisfeito,
Por em nada me haver feito,
Sei que bem pouco me valho,
Sei que em tudo me falho.

Sei que me desespero,
Mas sei que ainda espero.
E deste saber o que sei,
Sei que nada mais sei,

Do que viver esperando,
A vida que ando sonhando...
E tão desmedido me sonho,

Mas tão infeliz me suponho,
Que por aqui me vou quedando,
Sem que me vá realizando..."

                             A.T.

O olhar do meu pai

Foi uma surpresa ter encontrado o Zé.

Não o via há anos. Apesar das muitas e dolorosas partidas que vida lhe pregou não perdeu o sentido de humor e a conversa foi ao jeito das que costumávamos ter nos tempos livres das muitas longas noites que passámos juntos: charme, sedução, subentendidos e segundos sentidos pautados por gargalhadas e sorrisos.

Por isso, fiquei totalmente desarmada quando inesperadamente me disse “estás com o mesmo olhar triste e desiludido que tinha teu pai…”

Foi como se me desse um murro no estômago.

O Zé conheceu o meu pai nos últimos anos da sua vida. Não o viu no seu melhor, mas sei que conheceu, compreendeu e aceitou o seu pior.

Gostava de pensar que também eu o tinha feito, na altura certa, quando ele precisava. E sinto mágoa por pensar que alguma da tristeza e desilusão do seu olhar tenham sido culpa minha. Por nunca lhe ter dado a perceber como devia o quanto o achava uma pessoa extraordinária. E por nunca lhe ter perdoado a espiral de auto-destruição a que se entregou, por gostar de todos, menos dele próprio.

Por isso, Zé, se tu consegues ver em mim o mesmo olhar dele, o que é a minha vida e o que será o meu futuro?

segunda-feira, 6 de junho de 2011

Para além dos sapos tive de engolir má educação!

Lá fui cumprir o meu dever cívico e, vá~se lá saber porquê considerando a percentagem de abstenção, tive de ficar um bom bocado na fila.

À minha frente um jovem de 25-30 anos, provavelmente da dita geração à rasca a avaliar pelo smartphone. De repente vê um amigo que se "junta" a ele em amena cavaqueira. Tudo bem, pode ser que já tenha votado, pensei eu e o resto do pessoal da fila. Mais uns minutos e novo amigo. OK, se calhar também já votou, pensámos nós. Mais uns minutos e aproxima-se um idoso de bengala, com ar desorientado que se coloca junto aos ditos jovens. Diz logo o primeiro "a fila termina ali" e lá segue o pobre do idoso a ocupar o seu lugar. Boa, se calhar os "furas" estão ali apenas em amena cavaqueira e não vai haver crise.

Claro, chega a vez do "rasca" número um e toca de começarem todos a sacar dos BI e dos cartões de eleitor. Foi a revolta das hostes que até ali se tinham mantido serenas.

Aproveitando a discussão o "rasca" número um pegou no seu boletinzinho e pisgou-se para votar, o "rasca" dois idem e o "rasca" três ficou a ouvir, a desculpar-se fracamente e a ir com o rabo entre as pernas para muito atrás do pobre do idoso.

Moral da história: não há. É a geração que nos vai governar, é o futuro brilhante de Portugal. É uma geração à rasca, de desenrascados sem educação, de cobardolas sem princípios, de pirralhos a quem nunca deram uns bons tabefes ou um valente puxão de orelhas, a quem nunca disseram não. Não. NÃO.

sexta-feira, 3 de junho de 2011

Está a chegar o dia de engolir sapos...

Sempre gostei muito da escrita do Pedro e não posso estar mais de acordo com este texto:

Sempre defendi que aos jornalistas não deve estar vedado, antes deve ser incentivado, o direito de tornar publico o seu sentido de voto. Enquanto colunista de jornal nos últimos trinta anos (enfim, agora menos, mas mais blogger...), divulguei sempre o meu voto, por entender que na transparência da nossa conduta radica a credibilidade profissional que possamos ter. Votar é uma escolha, não é um acto de militância – ou seja, não impede, pelo contrário até estimula, a independência e a análise imparcial.
Assim, quem me leu e lê sabe que votei quase sempre no Partido Socialista. Nunca, por causa disso, fui beneficiado – pelo contrário, por coincidência ou não, os melhores momentos da minha vida profissional ocorreram em momentos de governação à direita – O Independente, a K, a Visão... -, e do mesmo modo nunca me senti discriminado. Quem me conhece e quem comigo já trabalhou sabe que distingo as coisas e sou rigoroso nessas matérias.
Faltam poucos dias para as eleições e decidi que, uma vez mais, deveria manifestar publicamente o meu voto. Explicando previamente que, no essencial, não mudei. Continuo a considerar-me de esquerda democrática, ou moderada, ou liberal, como lhe queiram chamar. Acredito num estado laico, pouco interventivo, mas dinâmico e assertivo no essencial que deve ser de direito comum: educação, saúde, justiça, segurança social. Defendo um Serviço Publico de Rádio e Televisão, mas não concordo com a subsidiação cultural obrigatória. Defendo o Serviço Nacional de Saúde, mas não me custa aceitar que as taxas moderadoras possam valer 100 euros para quem ganha mais de 3000 euros mensais – se isso significar zero euros para quem ganha o ordenado mínimo nacional. Gostava que os políticos tivessem vencimentos mais generosos – mas também queria vê-los efectivamente julgados quando gerissem mal os dinheiros públicos, e aprovaria uma lei que os obrigasse a uma travessia no deserto depois de um desaire efectivo e provado. Defendo uma reforma na justiça que a torne efectivamente para todos – ou seja, mais rápida, eficaz e preventiva. Defendo a educação universal e gratuita, mas não aceito o facilitismo que conduz ignorantes às Faculdades. Concordo com o subsídio de desemprego e o rendimento de inserção – mas gostava que ambos se aplicassem com rigor, valorizando o trabalho sem que a casta educacional ou social garantisse a recusa do trabalho ou a perpetuação da negligência. Num momento critico como o actual, não posso achar razoável que haja lojas ou oficinas ou fábricas sem empregados enquanto pessoas formadas se dão ao luxo de recusar empregos porque estão abaixo das suas qualificações académicas...
Foram só alguns exemplos, para explicar que nada disso está em causa no Governo que aí vem – e que basicamente vai cumprir um programa previamente definido pelo FMI e seus pares. Não há o risco nem de ruptura nem de inovação. O meu voto, por isso, é de exclusão, ainda que seja convicto.
Jamais voltarei a votar no PS enquanto José Sócrates for seu líder. O actual primeiro-ministro, em quem confiei no passado, constituiu a maior desilusão política dos meus 30 anos de direito de voto. Não apenas secou à sua volta todo um Partido como conduziu Portugal ao beco em que se encontra. Foi provinciano na forma como se exibiu publica e profissionalmente, faltou à verdade vezes sem conta, nunca teve a humildade de reconhecer um erro, enganou os portugueses nas expectativas que criou, nos diagnósticos que inventou, nas soluções que improvisou - e adiou ou omitiu sempre a verdade em nome de uma doentia dependência do poder. No que respeita à comunicação social, não me lembro de Governos tão obcecados, vingativos e ameaçadores como os dois últimos.
Estive convictamente convencido de que votaria no PSD até perceber que o cabeça-de-lista por Lisboa seria (o oportunista politico já profissional) Fernando Nobre, e depois de assistir, estupefacto, ao caos, à desorganização, e à falta de autoridade e preparação que Passos Coelho parece fazer questão de demonstrar a todo o momento – dando razão a um blog onde li que os portugueses todos os dias queriam votar mais no PSD, mas o PSD encarregava-se de todos os dias lhes dizer para não votarem. Não poderia votar na CDU ou no Bloco, porque estas duas forças recusaram dialogar com a troika, o que naturalmente as afasta de qualquer solução governativa.
Na coerência dos argumentos, na firmeza da atitude, na liderança em Lisboa de uma mulher de quem gosto e em quem confio, só me resta um partido: o CDS. Não é a minha família politica nem a minha escolha natural (e até cultural...). Mas é o meu voto sincero no partido que, acredito, vai fazer com que o PSD se equilibre e o PS se reestruture.
Nunca pensei, numas legislativas, votar tão à direita de mim próprio – mas também nunca pensei que o PS descesse tão abaixo dele próprio. Espero reencontrar-me à esquerda no futuro.

No entanto, ao contrário do Pedro, ainda não tenho a minha decisão final. Mas tenho a certeza de duas coisas:
1 - não votar ou votar branco/nulo está fora de questão
2 - eu, o Pedro e muitos, muitos, muitos portugueses quando a 5 de Junho colocarmos a nossa cruz estaremos, de uma forma ou de outra, a engolir sapos.