segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Comissões

Há 2 semanas resolveram criar uma comissão para melhorar as ligações entre 2 unidades que já deviam estar a funcionar em sintonia há anos.

Como já tenho pouco que fazer, resolveram nomear-me "coordenadora". Quando me propuseram o "cargo" não conseguiram explicar-me bem quais os objectivos, tudo muito vago e eu já a ver a minha vida a andar para trás porque para este peditório eu já dei! Afinal andei 1 ano e meio a "coordenar" outro grupo de trabalho onde ninguém nos explicou o que se pretendia, onde fizemos 5 projectos válidos que ainda estão à espera de aprovação, não reunimos há mais de 1 ano e ainda ninguém deu por nada!!

Mas voltando à nomeação, blá, blá, blá, gostávamos muito que aceitasse, mais blá, blá, blá, escolhe quem quiser para trabalhar consigo, mais blá, blá, blá mas ...gostávamos que no grupo estivessem fulana e fulana, e saem de lá de 2 nomes que só me apeteceu gritar e bater com a cabeça nas paredes (estúpida, estúpida, estúpida que não percebeste que isto só ia dar merda).

Hoje tivemos a primeira reunião formal da administração com a maldita da comissão e amanhã vamos começar a reunir as três pela primeira vez. Como hoje, numa reunião que durou uma hora, não trocámos mais de 10 palavras estou mesmo ansiosa pela reunião de amanhã...Vai ser giro, vai. Pelo menos no outro grupo divertiamo-nos e bebíamos café com bolachinhas fitness. Amanhã, só se for café com cicuta!

sábado, 27 de novembro de 2010

Chiado

Confesso que por questões de tempo/comodidade pertenço à carneirada que faz a maior parte das compras em centros comerciais. Moro numa zona em que o comércio se resume quase só a dezenas de pequenos cafés/tascas/restaurantes, mercearias e afins e à maior concentração de farmácias/km2.

Durante a semana não dá muito para andar a flanar na cidade e ao fim de semana tenho aquelas coisas da casa para tratar (estou sem "Maria") pelo que qualquer centro comercial ou o El Corte Ingles é quase sempre a solução para as compras.

Mas esta tarde decidi que ia aproveitar o dia do aderente da Fnac e em vez de me meter num qualquer centro resolvi ir para o Chiado.

Estava frio e um ventinho ligeiro mas soube bem andar a passear numa zona que está cada vez mais trendy, com gente jovem e bonita, lojas simpáticas para todos os gostos (e bolsas), artistas de rua. O Alfaiate Lisboeta andava por lá a caçar pessoas e imagens. A feira dos alfarrabistas estava com pouco movimento, vagamente escondida por uns tapumes.

Claro que na Fnac lá continuei a aproveitar os descontos para fazer compras de Natal na proporção de 2 prendas para mim 1 prenda para outra pessoa. Aliás as compras tinham começado online ontem à noite com umas coisas que já estavam debaixo de olho. Mas hoje foi mais aquele prazer de andar a mexer nos livros, ver títulos, folhear, ler algumas linhas, escolher.

Ao fim da tarde voltei para casa com um céu lindo de sol a pôr-se no rio. Pena não ter uma máquina para o registar. Mas já cá ficou gravado e isso é que importa.

sexta-feira, 26 de novembro de 2010

quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Nunca é demais

Porque dizê-lo nunca é demais

O videoclip não é lá grande coisa mas o original do Van Morrison é tão melhor que a versão do Rod Stewart

quarta-feira, 24 de novembro de 2010

Caldo de cultura

Hoje ao almoço consegui ter uma conversa onde os temas não fossem a crise, o trabalho e as crianças (problemas e gracinhas). Foi tão bom! A lembrar os tempos distantes de outro local de trabalho e, principalmente, de outras companhias e conversas muito mais estimulantes.

Apesar da comida e do barulho (hoje menor graças à greve) consegui esquecer que estava na cantina de todos os dias.

Quero mais dias como este, com história ao almoço e literatura ao café.

Greve à crise

Em dia de greve geral o que pode um trabalhador em greve fazer? Greve à crise, claro!  Toca a passear no Forum e tudo às compras com o dinheirito fresco (subsídio de Natal, incluído), que para o ano não se sabe como vai ser.

Estava montes de gente na manifestação.

'Bora lá com a palavra de ordem: NÃO HÁ CRISE!

terça-feira, 23 de novembro de 2010

Ainda me aguento

Depois da directa que fiz esta noite para acabar o artigo que estava mais que atrasado pensei que a estas horas já estava espojada a dormir no sofá. Mas lá me estou a aguentar. Acho que só vou adormecer quando estiver a ver "The Closer".

Cogumelos e fantasmas

Quando era miúda recusava-me a comer cogumelos. No "Cavaleiro Andante" (se a memória não me falha) havia uma banda desenhada (ou história aos quadradinhos, como se dizia) onde um pequeno fantasminha tinha como alimento favorito os cogumelos. Daí que eu achasse que cogumelos era comida para fantasmas e na minha boca não entravam.

Com a idade claro que isso me passou e hoje venham eles, quanto mais selvagens melhor. Aliás, sem modéstia, faço um risotto al funghi que é simplesmente divinal.

Mas depois lá vêm as histórias dos envenenamentos ocasionais e a ideia de me transformar em fantasma, ainda por cima amarelo como um canário, não me agrada mesmo nada. Bem sei que estas situações acontecem aos incautos que não sabem distinguir o bom do mau, mas mesmo assim...É que basta um pequenino amanita passar despercebido entre cantarelos, boletos, miscaros e outros magníficos, para se ficar logo sem fígado. E as iscas fazem mesmo muita falta!

Já não tenho idade para isto

Maldita  procrastinação! Lá estou a fazer mais uma directa para terminar um trabalho que já devia estar pronto há mais de 2 meses e agora é que tem MESMO de ser!!

Já não tenho idade para noites em branco mas pelos visto a idade não me deu juízo nenhum! Raios!

sexta-feira, 19 de novembro de 2010

Grow old along with me

A primeira vez que o vi, há 10 ou 12 anos, vinha com a mulher. Falava pouco e permitia que ela falasse por ele. O que não deixava de ser estranho, já que a mulher, numa tentativa de suicídio falhada, tinha destruído a metade inferior da face com um tiro de caçadeira e só muitas cirurgias lhe permitiam agora articular um discurso que doía ouvir. Ela era mais animada que ele, que parecia triste e prestava pouca atenção à conversa que o rodeava e que a ele dizia respeito.

Já não sei há quantos anos a mulher deixou de o acompanhar e não recordo se foi alguma doença ou mais uma tentativa, desta vez concretizada, que a levou. Sei que durante uns tempos ele andou ainda mais desinteressado, com um aspecto por vezes desleixado, não ligando muito aos conselhos e cumprindo mal tudo o que lhe diziam para fazer.

Há 2 ou 3 anos está outro. Educado sempre foi, mas agora está mais falador, sorri com frequência, cuida-se e cumpre. Uns meses depois de ter notado esta mudança não pude deixar de lhe dizer que era um prazer ver como estava um homem novo.

Abriu-se em confidências. Foi preciso chegar a esta idade para ser feliz, disse-me animado. Arranjou uma companheira, uma senhora, educada e honesta que o trata com carinho e desvelo. A diferença de idades ainda é alguma (10 ou 15 anos) mas não é nenhuma miúda interesseira, assegura-me ele.

Os filhos dele não gostam, confessa. Temem talvez pela herança, mas ele acha que ao longo da vida já fez sacrifícios suficientes por eles, que os colocou bem na vida e que não tem pecados antigos para pagar.

Ainda não conheço a responsável pela mudança, mas sempre que o vejo conta-me animado os passeios e viagens que já fez e os que planeia fazer, as férias passadas no México, no Brasil e a alegria que tem em poder dar estes mimos a quem tanto merece.

Torço por ele e para que tudo corra bem, tenho a certeza que assim vai acontecer. Afinal, já tem 78 anos. Seria bom que continuasse a crescer feliz.

segunda-feira, 15 de novembro de 2010

Engate por água abaixo

Hoje contaram-me esta: no Verão entrou num serviço de urgência hospitalar um homem de 73 anos, vitima de afogamento na sequência de uma prova de triatlo. Foi reanimado e sobreviveu. Quando procuraram a família foram confrontados com uma namorada bem mais nova e atlética que a vítima. Aparentemente a participação na prova teria o objectivo de impressionar a jovem namorada.

O homem sobreviveu, o orgulho e o engate é que não...

"Um homem sensato pode apaixonar-se como um doido, mas não como um tolo"
                                               La Rochefoucauld

domingo, 14 de novembro de 2010

Back to the 80's

Confesso que gosto de colectâneas musicais. Não de todas, mas daquelas como " A idade da inocência" ou as da "Rádio Nostalgia - Bons tempos,Grandes canções", com versões originais e não com versões "baratuchas" cantadas por concorrentes das Operações Triunfo ou Ídolos de um qualquer país.

A última aquisição foi esta e foi excelente para me animar a viagem Lx-Algarve-Lx deste fim de semana. O disco 1 é bem melhor que o 2. Vistos à distância os anos 80 foram mesmo uma piroseira mas quem nunca cantou e/ou dançou pelo menos uma daquelas canções que levante o braço. Nunca?! Olha o narizinho à Pinóquio...!

Eu pelo menos diverti-me bastante a cantar (não vinha ninguém ouvir pelo que acho que lhe posso chamar isso) a plenos pulmões.

quarta-feira, 10 de novembro de 2010

Peixe frito, dietas e mães

Hoje foi dia do carro ir à revisão. Assim, lá tive de andar de transportes públicos suburbanos (com hipótese de ter ficado a trabalhar em Lisboa, a 5 minutos de casa, quem me mandou preferir os subúrbios...), uma experiência que ocorre uma ou 2 vezes por ano e sempre por causa do maldito carro.

Para lá a viagem foi calma, sonolenta e de interesse apenas a paisagem. Para cá vinha tudo calado, a pensar na crise, quando para animar lá começa alguém a falar alto e bom som ao telemóvel dando ao pessoal a hipótese de se distrair

" Oh mãe, só podes tar a brincar! Atão ando a fazer dieta na escola para comer peixe frito ao jantar?!!
....
Não quero saber, o peixe frito não como! Isso não é dieta!
....
Atão não janto!
....
Não me interessa! Tchau!"

Desliga da mãe e toca de fazer nova chamada para fazer queixa da mãe

" ...
Atão não é que a minha mãe quer que eu jante peixe frito com arroz! Ando eu a fazer dieta!
....
Atão e ontem? Fez batatas fritas com salsichas e ovo estrelado! Só consigo fazer dieta na escola!"
(afinal as cantinas das escolas têm comida dieteticamente saudável, pensei eu...)
"....
Não janto.
....
Como uma sopa ou 2 torradas...
...
Sem manteiga, claro!
....
Não me interessa, o peixe frito é que eu não como!"

Não cheguei a ver a "gordura" da pequena porque a boa educação e a dificuldade em virar a cabeça para trás (ai as minhas cervicais...) não o permitiram. Mas tinha razão, a pobre da pequena. A mãe parecia mesmo que estava a boicotar-lhe a dieta temendo que a filha (que, pelo sotaque, devia ter a tendência genética da sua raça para nádegas, ancas e coxas largas) ficasse uma pobre escanzelada... Não se admite.

Lá cheguei à malvada da oficina e enquanto espero que me tragam o corcel e a bruxa da conta é o meu telemóvel que toca

"Olá mãe
Onde é que estás?
Cheguei agora à oficina para vir buscar o carro.
Então não queres passar por aqui? Hoje fui buscar cozido para o almoço e vinha muito bem servido, sobrou tanto, podias levar para o jantar...
Oh mãe, mas então não dá para comeres isso amanhã?
Amanhã já não me sabe bem. E assim já tinhas jantar..."
...
De facto, não estava mau o cozido. E não fossem os enchidos, a orelha e quejandos, sempre era mais saudável que o peixe frito...
As castanhas assadas ("ó filha, amanhã é S. Martinho e podias não te lembrar ou não encontrar...assim comes já hoje") também me souberam muito bem.

Pois é. A água, o ar, os nervos e as mães é que nos dão cabo das dietas. Não fosse isso e éramos todas como a Giselle!

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

Comecei na História da Medicina e acabei numa loucura de sapatos

Surfar na net tem destas coisas. A propósito do 115º aniversário da descoberta dos Raios X fui espreitar o blog da Wellcome Library (uma fonte fantástica sobre história da medicina) e blog puxa blog acabei neste dum designer de sapatos israelita que tem umas coisas muita LOUCAS como esta



Ou esta (x-rated) que foi como fui lá parar. Afinal sempre tem a ver com anatomia e fisiologia, né?

domingo, 7 de novembro de 2010

Porque não fazer amanhã o que posso fazer hoje?

"Procrastinação: disposição comportamental que leva a adiar e a evitar determinadas tarefas ou certas decisões. Este comportamento de fuga é causado pela existência de outras actividades mais agradáveis e que assumem, aparentemente, maior saliência no imediato"

Procrastinação: a história da minha vida. Porque não fazer amanhã (ou depois, ou depois,...) o que DEVIA fazer hoje? Who knows!


sábado, 6 de novembro de 2010

Livros

No top ten de vendas da Bertrand estão 6 autores portugueses (e outro com ascendência portuguesa) na ficção e 9 (!) na não ficção. Muito se escreve em Portugal!

E muito se edita! A vida média de um livro num escaparate é tão reduzida. Sou incapaz de passar por uma livraria e não entrar para ver o que por lá se expõe e só a crise (um pouco) e a (muita) falta de tempo para dedicar à leitura (associada à enorme falta de espaço da minha pobre casinha... porque há-de vir uma altura em que vou voltar a ter tempo para ler... só espero é ainda não estar totalmente senil...) me impede cada vez mais de comprar logo um ou 2 livros. Sei que se não me decidir logo vou perder o rasto aqueles livros que ficam lá a olhar para mim.

Será que existe um manual "Do your own blog for Dummies"?

Por mais que tentasse (e passei mais de 2 horas em tentativas!) não consegui colocar a minha foto (ver post anterior) no perfil! Fiz tudo o que mandam os "especialistas" da Ajuda, incluindo um senhor simpaticamente invisivel mas de voz muito calma e serena, que num video do YouTube explica o ba-a-ba a crianças de 3 anos...

Até conseguir (a esperança é a última a morrer) lá vai ficando uma das minhas fotos favoritas, onde espreito o mundo protegida pelo "manto" da minha mãe.

sexta-feira, 5 de novembro de 2010

LIFE

"I see life this way. You need 20 years to grow up, 20 years to succeed, 20 to enjoy it and 20 to cope. I am only in the present"  Catherine Hill