quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

Coisas que irritam a coruja: no trânsito

Lista não exaustiva e não ordenada por grau de irritação

Os chicos espertos que se metem na faixas de bus e se enfiam à nossa frente no último segundo
Os inconscientes que com visibilidade reduzida pelas condições atmosféricas não ligam as luzes
Os palermas que avançam muiiito devagarinho quando o sinal está verde e depois passam com amarelo a virar vermelho deixando o resto do pessoal parado
Os donos da estrada que mesmo a 1000m de distância já vêm a fazer sinais de luzes para todo o pessoal se afastar de qualquer maneira
Os medrosos que na ponte 25 de Abril seguem a 50Km/h na faixa do meio
Os egoístas que com transito compacto não permitem o acesso alternado nas vias
Os ignorantes que nos parques de estacionamento não respeitam a sinalização e setas de circulação
Os prepotentes que deixam o carro estacionado em 2ª fila e que quando chegam vêm com toda a calma sem pedir desculpa ao desgraçado que se fartou de esperar
Os timoratos inconscientes (habitualmente velhos e/ou com dificuldades de locomoção) que se atravessam à frente dos carros fora das passadeiras
Os apressados que nos obrigam a travar quando atravessam a correr com o sinal vermelho para peões e depois ficam calmamente parados a olhar para a banca dos jornais, as  montras ou, pasme-se, para o trânsito
Os poderosos peões que atravessam muito devagar, a teclar sms no telemóvel, só porque "a passadeira é para mim e vocês que esperem"


Hoje aconteceram-me TODAS



quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

Ensitel

Naquela cena de blog puxa blog fui dar com esta celeuma à volta da Ensitel.

Confesso que nunca tive qualquer contacto com esta empresa, mas o que aqui se conta é lamentável pelo que representa de desprezo pelos clientes e desconhecimento da força dos novos meios de comunicação. Os "senhores" da Ensitel criaram uma bola de neve que tão cedo não vai parar. E por uma coisa que já aconteceu há mais de um ano?! 

Ou será que, afinal, a Ensitel está apenas a aproveitar os ditos meios de comunicação para, de forma rápida e barata, cumprir a máxima do Oscar Wilde?

There is only one thing in the world worse than being talked about, and that is not being talked about 

(Don't) Let it snow

Todos os dias ando a ver o tempo em Londres. Se começa a nevar muito estou feita. O meu mocho não quer nem pensar que pode ficar retido em Londres para lá do que está previsto e já ameaçou que se neva não há prenda de anos para ninguém.

Bem o tento entusiasmar com imagens bonitas e com recordações doutras cidades onde já passámos férias com neve (e foi tão giro, não foi?) mas está difícil de convencer. Maldito trabalho, que vem sempre primeiro!

São Pedro, please, please don't let the snow go down on me!


segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

Olha o alemão

Hoje de manhã queria carregar a pen ADSL que uso no portátil. Fui toda feliz até ao MB e toca de fazer as respectivas operações.

Com a 3ªmensagem de erro (referência incorrecta) passei-me. Será que aqueles animais (apoio técnico da TMN - não é simpático, eu sei, que eles até agradecem muito termos contactado e gostam sempre de saber se temos mais algum assunto em que possam ajudar...mas sempre que é preciso ligar para lá a minha vontade não é ser simpática) alteraram a referência quando mudei o tarifário e não me disseram nada??

Tinha mais que fazer e só agora, já em pijama e pantufas, é que me lembrei de ligar para a TMN. Muni-me do portátil, do TM e do cartão de segurança com os códigos todos e começo a ligar o numerozito quando me caem os olhinhos no cartão. Ah, pois é...levei a manhã toda a inserir o número do telefone em vez da referencia multibanco. UPPSS, desliga, desliga.

Não sou loura por isso só pode ser o alemão a chegar. Pessoal da TMN, desculpem lá os impropérios desta manhã, 'tá bem?

Vamos lá saber se eles estão contentinhos

A tomada de decisões estava dificil, já se sabia, os boatos não paravam e o pessoal estava a ficar irrequieto.

No dia 22/12 às 19,37h chega ao mail dos funcionarios a circular interna com a noticia da reorganização. No dia 23 todos ficámos a saber que tinha sido parida a criança. Chegou um pouco antes do Menino Jesus mas os pais não ficaram à espera da nossa adoração. A Maria e o José piraram-se para parte incerta e só voltaram quando a rebelião dos pastores e das ovelhas já estava a dispersar.

Claro que ao longo de toda a gestação a Maria e o José não consultaram nenhum dos interessados (os tais pastores e o enorme rebanho - nós) porque isso não é preciso para nada.

Espera, mas afinal sempre nos querem consultar!! Com a folha de vencimento deste mês chega o quê? Surprise!! Um inquérito de satisfação ao pessoal!!??!!

Não podia ter chegado em melhor altura. Devem estar convencidos que vão receber ouro, incenso e mirra.

Pois é, afinal a Maria e o José são a vaca e o burro...

domingo, 26 de dezembro de 2010

E lá se passou mais um Natal

E pronto, lá se passou mais um Natal.

Como este ano o espírito natalício andou algo afastado ficou tudo para a última hora. Muita correria, muita compra, muitas horas na cozinha (antes e depois), enfim, o costume. A família é pequena mas o trabalho é sempre o mesmo.

E sobra sempre tanta coisa! Cada ano faço um pouco menos de coisas mas pelos vistos o apetite e o tamanho dos estômagos também se vai reduzindo com o passar dos anos.

Para o ano há mais. E só espero vir a ter a mesma quantidade de trabalho para a mesma quantidade de pessoas.

terça-feira, 21 de dezembro de 2010

Boston Legal à portuguesa (2): as vicissitudes duma testemunha

Pois o Tribunal é muito bonito, sim senhora, muito moderno, muito minimalista, muito cheio de mármore e de espaços muito, muito, muito amplos, que chegam a ter um pé direito igual à altura do edificio. Gélido, claro, que aquecer aquela treta, muito linda mas sem qualquer eficácia energética, deve custar uma pipa exorbitante de massa.

Nós, nos nossos pobres casebres, vamos precisar de certificados energéticos ou qualquer m€rd@ similar e ali, onde está empregue parte do dinheiro que nos esmifram todos os dias, é o que se vê. E os arquitectos que fizeram aquilo devem estar todos orgulhosos da obra. Deviam esperar 3 horas naquelas salas, com a roupinha molhada a secar no corpo (grande chuvada apanhei para lá chegar), a tiritar de frio, para verem a habilidade que fizeram!

A segurança também é do melhor. À entrada, detector de metais, com um orgulhoso cartaz a indicar que é absolutamente necessário passar pelo detector e que este pode desmagnetizar pens e similares, pelo que se recomenda sejam colocadas em bandeja própria. Pois, pois. Passei, juntamente com a minha carteirita carregada de coisas metálicas (moedas, chaves, etc) sem qualquer sinal de vida do pobre detector. O segurança ("tem de mostrar a mala") olhou para a minha tote preta carregadinha com ar displicente e achou que eu não tinha ar de criminosa real ou potencial. Se calhar naquele dia não estavam à espera de bandidos pelo que não valia a pena ligar a maquineta...

Câmaras de vigilância não vi nem uma, para amostra. Também, se as houvesse estou em crer que estariam desligadas, para poupar energia...

Depois de informar que tinha chegado para a dita conferência, lá fui para o frigorifico esperar que me chamassem. Não sei como pude ser tão ingénua que não levei nem livro, nem computador, nem nada para me entreter. Tentei a espaços jogar freecell e sudoku no meu iphone, mas os dedinhos gelados não estavam a querer colaborar.

Por volta das 14h40m aparece uma senhora de capa de morcego a fazer a chamada. O pessoal mais batido nestas andanças, não lhes dá confiança nenhuma: ou chega atrasado ou não chega mesmo e borrifa-se nas multas. Não fui chamada à primeira, nem à segunda, nem à terceira. "Não se preocupe que eles sabem , que está cá, mas é um colectivo, sabe..." informava a morcego de serviço. Não, não sei coisa nenhuma a não ser que estou gelada, cheia de vontade de ir à casa de banho (efeitos do frio,claro) e tenho medo de ir e de ser chamada a meio jacto e com as calças na mão e que já tive de telefonar a cada hora que passa para desmarcar tudo o que tinha de fazer, e estou a perder dinheiro e estou cada vez mais irritada.

Três horas e dez minutos minutos depois de ter chegado, quando já era a única infeliz que me encontrava no congelador, lá vem a morcego, desta vez sem capa (que já não vale a pena, só tá lá aquela desgraçada - eu) levar-me para a sala da video-conferencia No total, entre as palavras do juiz, da advogada de defesa e as minhas (que a acusação estava a borrifar-se para o que pudesse dizer e o dia já estava a acabar) estive lá 4 minutos!!!

E parece que tive muita sorte, porque segundo a morcego, na tal de video-conferência às vezes não há som outras não há imagem. "Hoje até correu muito bem" diz-me com ar todo feliz.

Para a próxima levo a pistola.

Boston Legal à portuguesa

Há 1 semana fui surpreendida com a notícia de ter à minha espera, no Algarve, onde só vou trabalhar 1 vez por mês, uma citação judicial do Tribunal da zona que só podia ser levantada por mim. Um pouco apreensiva (será que me meteram um processo em cima?!) liguei para os correios para me fazerem o serviço SIGA. Não segue nada que citações têm de ser levantadas no local, em mão! E esta? Alguém espera que, morando em Lisboa, me desloque quase 600Km para levantar em mão uma citação judicial que nem sei a que diz respeito???

Felizmente o funcionário dos Correios era simpático e lá me deu o número do processo e o telefone do Tribunal. Uma escrivã amável (ainda falam mal dos funcionários públicos...) explicou-me que tinha de estar hoje no dito tribunal para prestar declarações, como testemunha de defesa. Suspirando de alívio (ufa, não é nenhum processo, boa) e simultâneamente lixada por suporem que tinha de me deslocar os tais Km para ser testemunha num caso de que ouvia falar pela primeira vez (!!!), comecei a pensar como me livrar da situação, quando fui ameaçada que a faltazinha não justificada iria custar mais de 200€.

Na posse do telefone da advogada do arguido (a escrivã continuava uma simpatia) lá deixei uma mensagem à dita. Dignou-se telefonar? Qual quê! Passadas mais umas horas lá voltei a ligar (porque raio insistia em resolver isto, quando afinal nem tinha assinado a maldita citação e, na prática, ninguém podia dizer que eu sabia?) e consegui perceber para que queriam o meu testemunho.

Pergunto eu: será inteligente convocar uma testemunha que não sabe minimamente ao que vai? E fazê-la deslocar-se um porradão de Kms, sem despesas pagas claro (que "comprar" testemunhos não vale), esperando que ela faça um testemunho abonatório?? Não me parece!

Informada que podia pedir uma vídeo-conferência ao meritíssimo juiz, lá me resignei a fazer o pedido, que foi concedido.

Assim, lá estava hoje às 14h num Tribunal, novinho e todo moderno. E lá estive e lá estive e lá estive que isto de dizerem que é ás 14h não quer dizer que é a hora a que prestamos declarações.

Por agora, chega, amanhã há mais. À falta de varanda, de charutos e da companhia do Danny Crane e do Alan Shore vou beber qualquer coisa para ajudar a prevenir a constipação que já estou a sentir por causa do frio que rapei à espera da justiça. Next, on Boston Legal: as vicissitudes duma testemunha.

terça-feira, 14 de dezembro de 2010

Camp, kitsch ou simplesmente piroso?

Nevoeiro cerebral

Porque será que em dias de nevoeiro cerrado há umas bestas que resolvem andar sem luzes? Já nem falo de farois de nevoeiro, falo dos médios ou vá lá dos mínimos, que seria mesmo o mínimo! Acham que por ser de dia devem poupar energia? Têm medo de gastar a bateria?? Ou são mesmo só imbecis, sem amor à vida dos outros?

segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

FARTA!

Já começo a estar um bocado FARTA! Decidam de um vez por todas o que é querem.

Cada novo dia de trabalho traz um boato (?) diferente sobre o que vai acontecer a este ou aquele serviço e já há não pachorra: vai acabar...vai mudar de sitio...afinal não acaba este acaba aquele...vão despedir não sei quantos..vão...vão...vão...

Já todos sabemos que não há dinheiro que chegue e que temos que fazer mais com o pouco que temos e que não vão contratar mais pessoal e que vão despedir algum e que vão...sabe-se lá o quê!

Mas por favor DESPACHEM-SE a tomar as decisões, boas ou más, porque este clima de miserável instabilidade dá conta dos nervos e da vontade de trabalhar, mesmo para quem não tem o emprego em risco (pelo menos até ver...).

domingo, 12 de dezembro de 2010

Natal nos tempos que correm...

Pausa no arranjo da árvore de Natal para dar uma vista de olhos aos mails e aos blogues por onde costumo andar.
O Pedro publicou este vídeo fantástico e não pude deixar de o copiar também.


segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

One day Harry met Sally

Este fim de semana acabei de ler este. Engraçado, um pouco a lembrar o "When Harry met Sally" pela ideia de que dois amigos demoram quase 20 anos a assumir que afinal não podem passar um sem outro. Um estilo de escrita fácil de "digerir", quase uma "chick lit" mas escrita por um homem.

Já está em rodagem o filme. Era de esperar, dado que o autor é também argumentista conhecido.

sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

Too much love will kill you

Na viagem mensal para o Algarve vim a ouvir um CD distribuido há tempos com uma das revistas semanais (Sábado? Visão?) com as músicas do musical "We will rock you".

As músicas estão lá, é verdade, mas era indiscutivelmente a voz fabulosa e a personalidade do Freddie Mercury que as tornava arrebatadoras.

quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

They are NUTS!!

350g de miolo de noz a 13,99€!!! (palavra, fiquei especada a olhar e a pensar que se tinham enganado, mas não, era mesmo verdade!!!)

Mãezinha, estás preparada para partir nozezitas para o Natal, não estás?

segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Comissões

Há 2 semanas resolveram criar uma comissão para melhorar as ligações entre 2 unidades que já deviam estar a funcionar em sintonia há anos.

Como já tenho pouco que fazer, resolveram nomear-me "coordenadora". Quando me propuseram o "cargo" não conseguiram explicar-me bem quais os objectivos, tudo muito vago e eu já a ver a minha vida a andar para trás porque para este peditório eu já dei! Afinal andei 1 ano e meio a "coordenar" outro grupo de trabalho onde ninguém nos explicou o que se pretendia, onde fizemos 5 projectos válidos que ainda estão à espera de aprovação, não reunimos há mais de 1 ano e ainda ninguém deu por nada!!

Mas voltando à nomeação, blá, blá, blá, gostávamos muito que aceitasse, mais blá, blá, blá, escolhe quem quiser para trabalhar consigo, mais blá, blá, blá mas ...gostávamos que no grupo estivessem fulana e fulana, e saem de lá de 2 nomes que só me apeteceu gritar e bater com a cabeça nas paredes (estúpida, estúpida, estúpida que não percebeste que isto só ia dar merda).

Hoje tivemos a primeira reunião formal da administração com a maldita da comissão e amanhã vamos começar a reunir as três pela primeira vez. Como hoje, numa reunião que durou uma hora, não trocámos mais de 10 palavras estou mesmo ansiosa pela reunião de amanhã...Vai ser giro, vai. Pelo menos no outro grupo divertiamo-nos e bebíamos café com bolachinhas fitness. Amanhã, só se for café com cicuta!

sábado, 27 de novembro de 2010

Chiado

Confesso que por questões de tempo/comodidade pertenço à carneirada que faz a maior parte das compras em centros comerciais. Moro numa zona em que o comércio se resume quase só a dezenas de pequenos cafés/tascas/restaurantes, mercearias e afins e à maior concentração de farmácias/km2.

Durante a semana não dá muito para andar a flanar na cidade e ao fim de semana tenho aquelas coisas da casa para tratar (estou sem "Maria") pelo que qualquer centro comercial ou o El Corte Ingles é quase sempre a solução para as compras.

Mas esta tarde decidi que ia aproveitar o dia do aderente da Fnac e em vez de me meter num qualquer centro resolvi ir para o Chiado.

Estava frio e um ventinho ligeiro mas soube bem andar a passear numa zona que está cada vez mais trendy, com gente jovem e bonita, lojas simpáticas para todos os gostos (e bolsas), artistas de rua. O Alfaiate Lisboeta andava por lá a caçar pessoas e imagens. A feira dos alfarrabistas estava com pouco movimento, vagamente escondida por uns tapumes.

Claro que na Fnac lá continuei a aproveitar os descontos para fazer compras de Natal na proporção de 2 prendas para mim 1 prenda para outra pessoa. Aliás as compras tinham começado online ontem à noite com umas coisas que já estavam debaixo de olho. Mas hoje foi mais aquele prazer de andar a mexer nos livros, ver títulos, folhear, ler algumas linhas, escolher.

Ao fim da tarde voltei para casa com um céu lindo de sol a pôr-se no rio. Pena não ter uma máquina para o registar. Mas já cá ficou gravado e isso é que importa.

sexta-feira, 26 de novembro de 2010

quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Nunca é demais

Porque dizê-lo nunca é demais

O videoclip não é lá grande coisa mas o original do Van Morrison é tão melhor que a versão do Rod Stewart

quarta-feira, 24 de novembro de 2010

Caldo de cultura

Hoje ao almoço consegui ter uma conversa onde os temas não fossem a crise, o trabalho e as crianças (problemas e gracinhas). Foi tão bom! A lembrar os tempos distantes de outro local de trabalho e, principalmente, de outras companhias e conversas muito mais estimulantes.

Apesar da comida e do barulho (hoje menor graças à greve) consegui esquecer que estava na cantina de todos os dias.

Quero mais dias como este, com história ao almoço e literatura ao café.

Greve à crise

Em dia de greve geral o que pode um trabalhador em greve fazer? Greve à crise, claro!  Toca a passear no Forum e tudo às compras com o dinheirito fresco (subsídio de Natal, incluído), que para o ano não se sabe como vai ser.

Estava montes de gente na manifestação.

'Bora lá com a palavra de ordem: NÃO HÁ CRISE!

terça-feira, 23 de novembro de 2010

Ainda me aguento

Depois da directa que fiz esta noite para acabar o artigo que estava mais que atrasado pensei que a estas horas já estava espojada a dormir no sofá. Mas lá me estou a aguentar. Acho que só vou adormecer quando estiver a ver "The Closer".

Cogumelos e fantasmas

Quando era miúda recusava-me a comer cogumelos. No "Cavaleiro Andante" (se a memória não me falha) havia uma banda desenhada (ou história aos quadradinhos, como se dizia) onde um pequeno fantasminha tinha como alimento favorito os cogumelos. Daí que eu achasse que cogumelos era comida para fantasmas e na minha boca não entravam.

Com a idade claro que isso me passou e hoje venham eles, quanto mais selvagens melhor. Aliás, sem modéstia, faço um risotto al funghi que é simplesmente divinal.

Mas depois lá vêm as histórias dos envenenamentos ocasionais e a ideia de me transformar em fantasma, ainda por cima amarelo como um canário, não me agrada mesmo nada. Bem sei que estas situações acontecem aos incautos que não sabem distinguir o bom do mau, mas mesmo assim...É que basta um pequenino amanita passar despercebido entre cantarelos, boletos, miscaros e outros magníficos, para se ficar logo sem fígado. E as iscas fazem mesmo muita falta!

Já não tenho idade para isto

Maldita  procrastinação! Lá estou a fazer mais uma directa para terminar um trabalho que já devia estar pronto há mais de 2 meses e agora é que tem MESMO de ser!!

Já não tenho idade para noites em branco mas pelos visto a idade não me deu juízo nenhum! Raios!

sexta-feira, 19 de novembro de 2010

Grow old along with me

A primeira vez que o vi, há 10 ou 12 anos, vinha com a mulher. Falava pouco e permitia que ela falasse por ele. O que não deixava de ser estranho, já que a mulher, numa tentativa de suicídio falhada, tinha destruído a metade inferior da face com um tiro de caçadeira e só muitas cirurgias lhe permitiam agora articular um discurso que doía ouvir. Ela era mais animada que ele, que parecia triste e prestava pouca atenção à conversa que o rodeava e que a ele dizia respeito.

Já não sei há quantos anos a mulher deixou de o acompanhar e não recordo se foi alguma doença ou mais uma tentativa, desta vez concretizada, que a levou. Sei que durante uns tempos ele andou ainda mais desinteressado, com um aspecto por vezes desleixado, não ligando muito aos conselhos e cumprindo mal tudo o que lhe diziam para fazer.

Há 2 ou 3 anos está outro. Educado sempre foi, mas agora está mais falador, sorri com frequência, cuida-se e cumpre. Uns meses depois de ter notado esta mudança não pude deixar de lhe dizer que era um prazer ver como estava um homem novo.

Abriu-se em confidências. Foi preciso chegar a esta idade para ser feliz, disse-me animado. Arranjou uma companheira, uma senhora, educada e honesta que o trata com carinho e desvelo. A diferença de idades ainda é alguma (10 ou 15 anos) mas não é nenhuma miúda interesseira, assegura-me ele.

Os filhos dele não gostam, confessa. Temem talvez pela herança, mas ele acha que ao longo da vida já fez sacrifícios suficientes por eles, que os colocou bem na vida e que não tem pecados antigos para pagar.

Ainda não conheço a responsável pela mudança, mas sempre que o vejo conta-me animado os passeios e viagens que já fez e os que planeia fazer, as férias passadas no México, no Brasil e a alegria que tem em poder dar estes mimos a quem tanto merece.

Torço por ele e para que tudo corra bem, tenho a certeza que assim vai acontecer. Afinal, já tem 78 anos. Seria bom que continuasse a crescer feliz.

segunda-feira, 15 de novembro de 2010

Engate por água abaixo

Hoje contaram-me esta: no Verão entrou num serviço de urgência hospitalar um homem de 73 anos, vitima de afogamento na sequência de uma prova de triatlo. Foi reanimado e sobreviveu. Quando procuraram a família foram confrontados com uma namorada bem mais nova e atlética que a vítima. Aparentemente a participação na prova teria o objectivo de impressionar a jovem namorada.

O homem sobreviveu, o orgulho e o engate é que não...

"Um homem sensato pode apaixonar-se como um doido, mas não como um tolo"
                                               La Rochefoucauld

domingo, 14 de novembro de 2010

Back to the 80's

Confesso que gosto de colectâneas musicais. Não de todas, mas daquelas como " A idade da inocência" ou as da "Rádio Nostalgia - Bons tempos,Grandes canções", com versões originais e não com versões "baratuchas" cantadas por concorrentes das Operações Triunfo ou Ídolos de um qualquer país.

A última aquisição foi esta e foi excelente para me animar a viagem Lx-Algarve-Lx deste fim de semana. O disco 1 é bem melhor que o 2. Vistos à distância os anos 80 foram mesmo uma piroseira mas quem nunca cantou e/ou dançou pelo menos uma daquelas canções que levante o braço. Nunca?! Olha o narizinho à Pinóquio...!

Eu pelo menos diverti-me bastante a cantar (não vinha ninguém ouvir pelo que acho que lhe posso chamar isso) a plenos pulmões.

quarta-feira, 10 de novembro de 2010

Peixe frito, dietas e mães

Hoje foi dia do carro ir à revisão. Assim, lá tive de andar de transportes públicos suburbanos (com hipótese de ter ficado a trabalhar em Lisboa, a 5 minutos de casa, quem me mandou preferir os subúrbios...), uma experiência que ocorre uma ou 2 vezes por ano e sempre por causa do maldito carro.

Para lá a viagem foi calma, sonolenta e de interesse apenas a paisagem. Para cá vinha tudo calado, a pensar na crise, quando para animar lá começa alguém a falar alto e bom som ao telemóvel dando ao pessoal a hipótese de se distrair

" Oh mãe, só podes tar a brincar! Atão ando a fazer dieta na escola para comer peixe frito ao jantar?!!
....
Não quero saber, o peixe frito não como! Isso não é dieta!
....
Atão não janto!
....
Não me interessa! Tchau!"

Desliga da mãe e toca de fazer nova chamada para fazer queixa da mãe

" ...
Atão não é que a minha mãe quer que eu jante peixe frito com arroz! Ando eu a fazer dieta!
....
Atão e ontem? Fez batatas fritas com salsichas e ovo estrelado! Só consigo fazer dieta na escola!"
(afinal as cantinas das escolas têm comida dieteticamente saudável, pensei eu...)
"....
Não janto.
....
Como uma sopa ou 2 torradas...
...
Sem manteiga, claro!
....
Não me interessa, o peixe frito é que eu não como!"

Não cheguei a ver a "gordura" da pequena porque a boa educação e a dificuldade em virar a cabeça para trás (ai as minhas cervicais...) não o permitiram. Mas tinha razão, a pobre da pequena. A mãe parecia mesmo que estava a boicotar-lhe a dieta temendo que a filha (que, pelo sotaque, devia ter a tendência genética da sua raça para nádegas, ancas e coxas largas) ficasse uma pobre escanzelada... Não se admite.

Lá cheguei à malvada da oficina e enquanto espero que me tragam o corcel e a bruxa da conta é o meu telemóvel que toca

"Olá mãe
Onde é que estás?
Cheguei agora à oficina para vir buscar o carro.
Então não queres passar por aqui? Hoje fui buscar cozido para o almoço e vinha muito bem servido, sobrou tanto, podias levar para o jantar...
Oh mãe, mas então não dá para comeres isso amanhã?
Amanhã já não me sabe bem. E assim já tinhas jantar..."
...
De facto, não estava mau o cozido. E não fossem os enchidos, a orelha e quejandos, sempre era mais saudável que o peixe frito...
As castanhas assadas ("ó filha, amanhã é S. Martinho e podias não te lembrar ou não encontrar...assim comes já hoje") também me souberam muito bem.

Pois é. A água, o ar, os nervos e as mães é que nos dão cabo das dietas. Não fosse isso e éramos todas como a Giselle!

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

Comecei na História da Medicina e acabei numa loucura de sapatos

Surfar na net tem destas coisas. A propósito do 115º aniversário da descoberta dos Raios X fui espreitar o blog da Wellcome Library (uma fonte fantástica sobre história da medicina) e blog puxa blog acabei neste dum designer de sapatos israelita que tem umas coisas muita LOUCAS como esta



Ou esta (x-rated) que foi como fui lá parar. Afinal sempre tem a ver com anatomia e fisiologia, né?

domingo, 7 de novembro de 2010

Porque não fazer amanhã o que posso fazer hoje?

"Procrastinação: disposição comportamental que leva a adiar e a evitar determinadas tarefas ou certas decisões. Este comportamento de fuga é causado pela existência de outras actividades mais agradáveis e que assumem, aparentemente, maior saliência no imediato"

Procrastinação: a história da minha vida. Porque não fazer amanhã (ou depois, ou depois,...) o que DEVIA fazer hoje? Who knows!


sábado, 6 de novembro de 2010

Livros

No top ten de vendas da Bertrand estão 6 autores portugueses (e outro com ascendência portuguesa) na ficção e 9 (!) na não ficção. Muito se escreve em Portugal!

E muito se edita! A vida média de um livro num escaparate é tão reduzida. Sou incapaz de passar por uma livraria e não entrar para ver o que por lá se expõe e só a crise (um pouco) e a (muita) falta de tempo para dedicar à leitura (associada à enorme falta de espaço da minha pobre casinha... porque há-de vir uma altura em que vou voltar a ter tempo para ler... só espero é ainda não estar totalmente senil...) me impede cada vez mais de comprar logo um ou 2 livros. Sei que se não me decidir logo vou perder o rasto aqueles livros que ficam lá a olhar para mim.

Será que existe um manual "Do your own blog for Dummies"?

Por mais que tentasse (e passei mais de 2 horas em tentativas!) não consegui colocar a minha foto (ver post anterior) no perfil! Fiz tudo o que mandam os "especialistas" da Ajuda, incluindo um senhor simpaticamente invisivel mas de voz muito calma e serena, que num video do YouTube explica o ba-a-ba a crianças de 3 anos...

Até conseguir (a esperança é a última a morrer) lá vai ficando uma das minhas fotos favoritas, onde espreito o mundo protegida pelo "manto" da minha mãe.

sexta-feira, 5 de novembro de 2010

LIFE

"I see life this way. You need 20 years to grow up, 20 years to succeed, 20 to enjoy it and 20 to cope. I am only in the present"  Catherine Hill