segunda-feira, 6 de junho de 2011

Para além dos sapos tive de engolir má educação!

Lá fui cumprir o meu dever cívico e, vá~se lá saber porquê considerando a percentagem de abstenção, tive de ficar um bom bocado na fila.

À minha frente um jovem de 25-30 anos, provavelmente da dita geração à rasca a avaliar pelo smartphone. De repente vê um amigo que se "junta" a ele em amena cavaqueira. Tudo bem, pode ser que já tenha votado, pensei eu e o resto do pessoal da fila. Mais uns minutos e novo amigo. OK, se calhar também já votou, pensámos nós. Mais uns minutos e aproxima-se um idoso de bengala, com ar desorientado que se coloca junto aos ditos jovens. Diz logo o primeiro "a fila termina ali" e lá segue o pobre do idoso a ocupar o seu lugar. Boa, se calhar os "furas" estão ali apenas em amena cavaqueira e não vai haver crise.

Claro, chega a vez do "rasca" número um e toca de começarem todos a sacar dos BI e dos cartões de eleitor. Foi a revolta das hostes que até ali se tinham mantido serenas.

Aproveitando a discussão o "rasca" número um pegou no seu boletinzinho e pisgou-se para votar, o "rasca" dois idem e o "rasca" três ficou a ouvir, a desculpar-se fracamente e a ir com o rabo entre as pernas para muito atrás do pobre do idoso.

Moral da história: não há. É a geração que nos vai governar, é o futuro brilhante de Portugal. É uma geração à rasca, de desenrascados sem educação, de cobardolas sem princípios, de pirralhos a quem nunca deram uns bons tabefes ou um valente puxão de orelhas, a quem nunca disseram não. Não. NÃO.

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