domingo, 9 de outubro de 2011

It´s an injustice, it is!

A partir de amanhã os dias no trabalho vão ser ainda mais difíceis.

Estarão de volta 2 pessoas que, por motivos diferentes, estiveram afastadas mais de um ano e cujo regresso está a deixar em desassossego todo o grupo, pelo mau ambiente que conseguem criar.

O nosso pequenito costuma dizer que se vamos na auto-estrada e no nosso lado só vemos carros em sentido contrário ao nosso, o melhor é pararmos porque vamos em contra mão.

Mas há quem prefira ver as coisas de outra maneira: são os outros, o mundo, que está contra elas, almas impolutas, que se sentem incompreendidas e injustiçadas.

É a síndrome do Calimero.

Ia escrever sobre isto mas, à procura duma imagem,acabei por encontrar aqui um texto que explica na perfeição os Calimeros deste mundo e que não resisti a transcrever:


Os Calimeros dos tempos modernos sabem-se gente infalível. Incapazes de deslizar para o erro. Supõem-se detentores de uma condição sobre-humana. O que adensa neles a sensação de injustiça, enquanto os que mandam não os escolherem para a casta reduzida dos que partilham o poder. Reagem com virulência. Por um lado, todos os outros são desvalorizados ao estatuto de incompetência. Só o Calimero é que teve a graça divina da competência intelectual. Daí à infalibilidade é um simples passo. Por outro lado, o Calimero é congenitamente desconfiado. Sente-se perseguido por todos, é a vítima das injustiças do mundo que nasceu para estar virado contra si; Calimero cultiva a desconfiança metódica. Está sempre de pé atrás em relação ao que os outros fazem. À partida, avalia-os com a sua superior bitola, num diagnóstico nada simpático: o que os outros fazem é revelador da incompetência genética que os domina. Ele é o único agraciado com o dom do saber fazer bem.
 
Está tudo dito.
 
 

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